27 março 2006

As costas, ai as costas...

Pois é, há muito tempo que por aqui não correm notícias. Talvez por não serem boas, e eu preferir partilhar apenas boas coisas. Mas a vida é feita de altos e baixos, e houve tanta gente a perguntar por mim (deve ser sinal de que tenho bons amigos) ;) que penso que vos devo uma actualização das novidades, e por esta altura já são bastantes.

Durante o mês de Outubro e Novembro, andei atarefada, para não dizer atulhada, com tarefas relativas ao Leilão Felinus. Pela 3ª vez, para além da organização, servi igualmente de "quartel-general" para as ofertas, quer de peças como de materiais, o que me obrigou a acartar com muitas e pesadas caixas, escada acima, escada abaixo, na tentativa de libertar algum espaço em minha casa colocando as caixas no sótão. Não tive grande sorte, já que fiquei quer com o sótão como com o quarto absolutamente intransitáveis.

Em meados de Novembro, armada em "super-mulher" (uma verdadeira anedota, para quem conhece o meu físico), resolvi descarregar sozinha as caixas que estavam no sótão, para começar a entregá-las aos participantes do leilão, e quando peguei numa caixa que era quase do meu tamanho, dei um jeito nas costas. Como é meu hábito, não liguei muito à situação e convenci-me que era apenas uma coisa muscular, “que iria passar em poucos dias”, e não liguei. Como agora é ó-b-v-i-o, devia ter ligado, já que uns dias depois, a dor não só não passou como piorou consideravelmente, e agravou-se de dia para dia, a ponto de eu passar noites em branco. Virei a cama do avesso, a tentar arranjar posição para dormir. Chegou uma altura em que tentava não me mexer de todo, pois as tentativas de mudança de posição tornaram-se, elas próprias, uma agonia. Cansada de olhar para o tecto do quarto (e de ouvir o Pedro ressonar noite dentro), houve madrugadas em que optei pelo sofá e por uma botija de água quente na zona lombar. Não me perguntem como é um que sofá se pode tornar mais confortável que uma cama, mas a verdade é que era essa a opinião da minha coluna.

Recorri inicialmente a cremes analgésicos, depois a um endireita (quando consegui finalmente uma vaga na sua atarefada agenda), depois fiz exames e análises até que, finalmente, várias semanas depois me rendi às drogas. Yep, só depois de sucumbir aos anti-inflamatórios é que senti finalmente algumas melhoras. Mas as dores que tive até finalmente tomar os medicamentos obrigaram-me a ficar longe do computador e de quaisquer cadeiras durante várias semanas. As minhas costas tornaram-se nesse período muito “exigentes”, e só os sofás mais fofos as satisfaziam minimamente.

O que é que eu tinha, afinal? Pelos sintomas, houve quem me dissesse que eu devia ter feito uma hérnia discal, mas quando finalmente fiz os exames, não chegou a acusar nada de tão grave (embora as dores fossem suficientes para pensar em tal). Acusou, de facto, um desgaste da cartilagem entre os discos vertebrais, a juntar à escoliose que já tinha de há alguns anos mas, aparentemente, nada mais que isso.

Continuação das novidades num post a seguir, para não tornar este mais um dos meus característicos testamentos :)

4 comentários:

Anónimo disse...

Ainda bem quemas tuas costas estão melhor.

Bjs,
Fernanda

Anónimo disse...

E mesmo esse dsesgaste é para ser bem monitorizado Ok, miss super-mulher?

As melhoras (definitivas) da tua coluna
Rute

Anónimo disse...

Como eu te compreendo! Queremos sempre fazer tudo, não sozinhas, mas se a isso nos obrigarem... depois o corpinho é que paga! Eu também ando atrapalhada de um ombro: ao fim de mais de uma semana a pedir para o meu cara-metade me tirar duas sacas de terra, de 50 litros, do carro, vi-me obrigada a ser eu a fazê-lo, a seguir fui carregar sacas de ração, para levar para a A.A.A.A.M., que encheram o porta-bagagens até cima (óptimo para os cães, péssimo para mim), depois ainda fui trabalhar para a obra... consegues imaginar como fiquei???

Anónimo disse...

A pior parte foi a do Pedro a ressonar. Vê lá se o rapaz não sofre de apneia do sono.